1. |
Jubileu
03:52
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Uma dose na medida pra espantar esse tremor
Morfina no limão e gelo, é fim de ano e eu festejo
A família, os colegas, contas pagas do mês
A vida reduzida à rotina da formiga
Pro ano que vem, mais sorrisos, mais amor,
Mais dinheiro, mais saúde, mais amigos
Mas o que vem sempre é só mais do mesmo
Nas palavras repetidas, mais promessas cuspidas
E não cumpridas
Contagem regressiva pra hora do recreio
A vida em espera até cair o décimo terceiro
O frio na barriga ao primeiro beijo
Quatro noites sem dormir por medo do despejo
Foram-se as espinhas e os dentes com aparelho
Agora é disfarçar a barriga e o branco no cabelo
Bobeou ganhou um filho, atrasou perdeu o emprego
O que levará da vida?
O que lembrarão no enterro?
Cada anseio
Cada memória
Cada certeza
Cada arrependimento
Cada história
Cada segredo
Cada fotografia
Cada cheiro
Cada despedida
Cada dia
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2. |
Diástole
05:09
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Diz pra eu repaginar a vida
E então planejar minha fuga
Mas não diz de que adianta isso
Se quando eu fujo, nada muda
Diz pra eu desfazer esse nó na garganta
E assim poder gritar sem culpa
Mas me diz, de que adianta,
Se quando eu grito ninguém escuta?
As palavras são sempre tão infieis
Que a mim já não seduzem mais
Pois é nas entrelinhas que se costura
Nossa história
Pra que perder tempo com uma sequência
Fonética e lógica que seguramente só vai limitar
O que é o ser
E o que o faz ser
Somos crianças observando
Com os cotovelos à janela
Anos da vida passando
A cada hora dela
Trazendo rugas e levando gente da gente
Nós sentiremos saudade da saudade
Que ainda se sentirá
Se a vida fosse uma ficção
(Não que eu esteja dizendo que não)
Quando tempo ainda vai levar
Até a próxima página poder ser escrita?
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3. |
Fafrotskies
04:22
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(Sample: T minus 5... T minus 4... The sound you are hearing is the final countdown to an experimental atomic blast, the most awesome and devastating power known to mankind)
Decompõe-se aos poucos uma mentira
Que já não podemos provar
Um coração incapaz de se desprender
e a sanidade se perde entre a terra e o ar
Quando a chuva nos provoca
Calmaria sem igual
Quando a mente nos concede
Um sacrifício desleal
Quando a morte nos precede
Uma incerteza tão vital
Nossa construção
Vai de encontro ao chão
Nossa construção
De encontro ao chão
Calmaria sem igual
Quando as nuvens precipitam
Num protesto irracional
Quando a morte nos precede
Uma incerteza tão
Vital
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4. |
Jubileu2 (Bonus)
01:38
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Uma dose na medida pra espantar esse tremor
Morfina no limão e gelo, é fim de ano e eu festejo
A família, os colegas, contas pagas do mês
A vida reduzida à rotina da formiga
Pro ano que vem, mais sorrisos, mais amor,
Mais dinheiro, mais saúde, mais amigos
Mas o que vem sempre é só mais do mesmo
Nas palavras repetidas, mais promessas cuspidas
E não cumpridas
Contagem regressiva pra hora do recreio
A vida em espera até cair o décimo terceiro
O frio na barriga ao primeiro beijo
Quatro noites sem dormir por medo do despejo
Foram-se as espinhas e os dentes com aparelho
Agora é disfarçar a barriga e o branco no cabelo
Bobeou ganhou um filho, atrasou perdeu o emprego
O que levará da vida?
O que contarão no enterro?
Cada anseio
Cada memória
Cada certeza
Cada arrependimento
Cada história
Cada segredo
Cada fotografia
Cada cheiro
Cada despedida
Cada dia
Cada história
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